sábado, 4 de dezembro de 2010

Sepultura: Max diz que Paulo Jr. não era tão bom


O website “Revolver Magazine” conduziu uma entrevista com Max Cavalera que, dentre outros assuntos, falou sobre o novo disco do Soulfly, Cavalera Conspirancy e atirou a bomba: “O primeiro álbum do Sepultura que Paulo gravou foi o ‘Roots’, porque ele não era bom muito bom”. 

Confira a entrevista completa, em português, com exclusividade no IMPRENSA ROCKER!

O Soulfly, liderado pelo frontman do Cavalera Conspirancy e ex-Sepultura Max Cavalera, está atualmente em turnê pela América do Norte, divulgando seu sétimo álbum, “Omen”. O fato deles terem começado a turnê logo após uma cansativa viagem a alguns dos mais gelados locais da Europa nem ao menos perturba o cantor. “Estamos ansiosos para voltar aos Estados Unidos e tocar”, ele diz. “Não toco aqui há um tempo”. É este tipo de visão positiva determinação inabalável que o ajudou a se destacar no Brasil para se tornar uma lenda do Metal internacional. Aqui eles nos conta sobre seu passado, presente e futuro.

O Soulfly acabou de concluir uma turnê européia. Como ela foi?

Foi bem legal, especialmente na Rússia. O Soulfly foi a primeira banda internacional a fazer uma turnê na Sibéria. Aqueles fãs são demais. Num show, 20 minutos após termos concluído o repertório, a audiência ficou gritando “Soulfly”, e não parou. Então eu voltei e toquei mais duas músicas. Para muitos deles, foi o primeiro show que assistiram. Acho que eles viram o Nazareth, tipo há 10 anos. Mas eles não têm nenhum show internacional, então estavam super animados.

Seu novo álbum, “Omen”, tem convidados muito legais, como Greg Puciato do Dillinger Escape Plan, e Tommy Victor do Prong, o que parece ser uma tradição do Soulfly. Por que você gosta de trabalhar com músicos convidados?

Eu realmente gosto do que você recebe de diferentes músicos. Uma das minhas melhores lembranças com um convidado foi quando fiz “Jumpdafuckup” (do álbum “Primitive”, de 2000) com Corey Taylor, do Slipknot. Ele estava tocando em Phoenix naquele dia. Eu apareci na passagem de som e o sequestrei. Basicamente o tomei com refém, como “entre no carro. Nós temos que ir ao estúdio e gravar agora”. Então, por quatro ou cinco horas, ficamos brincando com a música, que finalmente ficou pronta. Depois disso, fui para o show. Para mim, aquele foi um dia matador em minha vida. Gravando de dia e assistindo o Slipknot de noite.

“Omen” tem uma canção sobre Jeffrey Dahmer. Por que você quis escrever sobre ele?

Na verdade eu tive esta idéia há muito tempo. Quando estava no Sepultura, sempre quis escrever uma canção sobre um serial killer. Na época, seria Charles Manson. Quando comecei a trabalhar neste disco do Soulfly, tive a idéia novamente. Pensei em Charles Manson, mas então raciocinei: “Agora nós temos Jeffrey Dahmer também, que é muito mais doentio, porque ele era um canibal. Então eu gravei o Jeffrey Dahmer através da TV, quando eles os entrevistaram. Foi uma entrevista bem legal, na qual ele não culpa seus pais por nada, e diz que matou apenas porque quis. Foi apenas um estímulo que ele teve. Ele não sofreu nenhum abuso em casa, como a maioria dos serial killers. Eu também me lembrei de quando o Sepultura tocou no “Milwaukee Metalfest” na semana que Jeffrey Dahmer foi preso. Igor me mostrou uma nota fiscal da “Sears”, que ele recebeu de uma fã, e que estava assinado por Jeffrey Dahmer.

Há alguns anos você se reuniu com Igor para formar o Cavalera Conspirancy. Vocês dois têm um novo álbum, “Blunt Force Trauma”, saindo em março. Ele será tão direto quanto o último?

Sim, é até mai que o outro. Marc (Marc Rizzo, guitarrista) estava dizendo: “Algumas coisas nisso soam como Canibal Corpse”. Igor está tocando muito bem. Seu jeito de tocar me lembra de quando o Sepultura estava em grande forma. Como no “Arise” e “Beneath The Remains”, quando ele estava super rápido e tirando uma energia matadora da bateria. Quisemos fazer canções mais curtas, então muitas das músicas possuem um minuto e meio ou dois minutos, e com um pouco do clima do “Raining Blood”, o que também é diferente para nós. Nós temos uma canção com convidado, com Roger Miret do Agnostic Front. Ele canta uma música chamada “Lynch Mob”. Eu acho que provavelmente ele é o meu vocalista preferido de toda aquela era do Hardcore de Nova Iorque.

Para ler a entrevisa inteira em português: imprensarocker.wordpress.com

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