segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Motorhead: "Não somos Heavy Metal, somos Rock and Roll!"


Nick Duerden do The Independent conduziu uma entrevista com a lenda viva Lemmy Kilmister, do MOTORHEAD:

Sobre a morte:

“Aos vinte anos, você acha que é imortal. Aos trinta, espera que seja. Aos quarenta, reza para que não doa muito. Quando chega na minha idade se convence que a morte pode estar na esquina. Se eu penso demais nela? Difícil não pensar quando se tem 65 anos, filho. Mas se eu morrer logo, estarei satisfeito. Tive uma boa vida, viajei pelo mundo, conheci todo tipo de gente. Fiz as pessoas sorrirem, comi garotas de todas as cores, formas, religiões e persuasões. Me diverti com o Rock and Roll e ele se divertiu comigo. Isso basta”.

Sobre a possibilidade de se aposentar:

“Não imagino isso acontecendo. Minha vida foi feita para ser como é: no fundo de um ônibus, com uma garota que não conheço em meu colo, que irá embora de manhã. É como vivo e isto serve pra mim”.

Mulheres:

“Garotas sempre ocuparam minha vida. A cada verão, essas famílias chegavam de Manchester para as férias. E as meninas me deixavam ocupado”.

Sobre o Motörhead ser rotulado como uma banda de Heavy Metal:

"Não somos Heavy Metal, somos Rock and Roll! Ainda somos. Todos nos descrevem como Heavy Metal, mesmo quando digo que não é. Por que as pessoas não me escutam?”.

Sobre se apaixonar:

“Não é o que todo mundo quer? Mas se apaixonar é terrível. Faz você agir como um idiota. Você entrega sua vida, é horrível, uma tortura. Quem quer viver assim?”.

Se já teve seu coração partido:

“Oh, várias vezes. Mulheres sempre me deixavam porque eu não queria me comprometer. Se você passa a viver com alguém, perde o respeito pela pessoa. Os calçados sujos, as toalhas, os peidos... Isso lhe parece agradável? Para mim não. Quando se está nos primeiros encontros, é tudo baseado no bom comportamento, naquela mágica inicial. Nunca quis que essa mágica acabasse”.

Sobre seu apartamento de dois quartos em West Hollywood, onde vive sozinho:

“E daí? Sempre viví sozinho, crescí assim. Gosto disso. Mesmo quando estou em uma arena, com dez mil pessoas, estou só na minha cabeça. É um estado de espírito”.

Sobre Scotty, seu amigo particular, com quem se encontra no famoso bar Rainbow:

“Não vai durar muito mais. Ele vai casar. Então tudo acabará – ao menos por algum tempo, até que aconteça a velha novela desses casos (risos)”.

Se consideraria participar de um reality-show:

“Não. Não gostei do que fizeram com Ozzy. O trataram como se fosse uma vítima”.

Sobre ser um colecionador de memorabilia nazista:

“Olhe, como sempre disse, não é minha culpa que os caras malvados tinham o que era melhor. Mas não sou um fascista ou skinhead. Apenas gosto do material. E deixe-me dizer uma coisa, os caras que colecionam isso não são um bando de idiotas. São pessoas com formação, doutores, professores. Sempre gostei de um bom uniforme. Na história, sempre foram os caras do mal que usaram isso. Napoleão, os Confederados, os Nazistas. Se tivéssemos bons uniformes do lado do bem, também colecionaria. Mas o que o Exército Britânico tinha? Eles pareciam sapos de brejo”.




Fonte e Tradução: Blog Van do Halen

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