domingo, 6 de junho de 2010

Análise: Resident Evil 5 Gold Edition (PS3, 360) [8]

Eu nunca minto. Prometí uma análise do jogo e aqui está a análise, aproveito para dizer que farei uma análise para todos os jogos que tenho, não importa o quão velhos sejam.

Antes de continuar, peço para que leiam o texto Horror Games de ontem, ajuda a compreender o meu ponto de vista quanto a esse tipo de jogo e essa franquia.



Resident Evil 5 é, no mínimo, ótimo. Os gráficos estão tão bons quanto Metal Gear Solid 4, mantendo-se com boas texturas mesmo tanto nas animações CG quanto no jogo em sí. O ambiente Africano tem muitas paisagens diversificadas, como pântanos e desertos ensolarados, portanto o jogo realmente não se repete nesse aspecto. Os serrilhados estão presentes, porém em pouca quantidade, mesmo quando jogado em 720P (dependendo do tamanho da sua tv, os serrilhados serão um pouco mais visíveis).

A história começa pouco tempo após o quarto, com Chris Redfield indo para a Africa a serviço da equipe BSAA para investigar atividades bioquímicas terroristas. Ele acaba de vir de uma missão trágica a um assalto a um laboratório da Umbrella, onde Jill Valentine, sua antiga parceira, acaba sofrendo um acidente. Seu corpo não foi achado e ela foi dada como morta. Para acompanhar o Herói que já participou de outros capítulos da franquia, temos a nova personagem Sheva, da BSAA africana, que mais tarde no jogo descobrimos que teve sua família morta por armas bioquímicas da Umbrella.

Depois de RE4, eu esperava que a história fosse se complicar ainda mais, tendo quase nenhuma relação com os jogos anteriores (como foi RE4). Eu me surpreendí ao ver que os furos são quase que completamente cobertos neste, respondendo perguntas como o porque do jogo passar-se na áfrica e sobre porque diabos Weskir estaria lá, o que ele tem a ver com tudo isso, juntamente com a Umbrella e os zumbís quase inteligentes de Resident Evil 4, que retornam um tanto diferentes em RE5. É claro que tais perguntas não são respondidas de forma direta, é preciso ler os documentos achados pelo jogo para entender tais respostas - ignorá-los pode tornar a história um buraco negro.

As mecânicas continuam sendo as tão premiadas que surgiram em RE4, poucas diferenças aparecem, a maioria com relação a Sheva. Para começar, você deve dividir tudo com ela: Armas, itens, munição... Tudo. Isso faz você pensar duas vezes antes de pegar toda a munição só para você, pois se ela morre a missão acaba para você também. Quando você é pego por um zumbí e luta para escapar, ela concerteza tentará ao máximo te livrar, e você deve fazer o mesmo em algumas ocasiões. Se sua vida acabar, lhe é dado um certo tempo para que ela venha ao seu socorro e te ajude a levantar, salvando-o assim de não ter que começar novamente do check point. Caso contrário: As máquinas de escrever de todos os outros Resident Evils não estão presentes neste, o sistema de salvamento foi trocado por um automático, que é de certa forma mais eficientee evita frustrações. Então, ao morrer, você volta ao último checkpoint, seja ele uma porta ou um momento depois de uma cutscene.



Muitos pontos positivos ao jogo, mas alguns negativos também. A Sheva, por exêmplo, consome toda a sua munição, e as mecânicas em tempo real que chegam com este jogo simplesmente te atrasam quando você que passar munição a ela no meio de um chefe ou de um dos ataques rotineiros de hordas de zumbís. A IA dela é aceitável, poderia ser melhor, pois ela falha em se esquivar dos golpes mais simples dos montros mais fracos. quando você quer dividir a munição, também, deveriam existir formas mais rápidas de escolher a quantidade de munição a ser dada, pois na maioria das vezes, tive que dar umas 150 balas da metralhadora e depois tive de ficar pedindo devolta, e enquanto isso já tinha tomado umas 500 encoxadas dos zumbís, graças ao sistema ser em tempo real.

Outra coisa que também odiei é que, ao final do jogo, zumbís passam a ser caazes de usar AK's 47 e lança mísseis, o que já é tosco, e o jogo que até agora mantinha foco no terror e na atmosfera, agora passa a ser trabalhado como um jogo se ação tática, e as mecânicas simplesmente não batem, fazendo dos capítilos finais simplesmente ruins. Coisas como você não poder correr e atirar ao mesmo tempo quebram as mecânicas nessas partes finais, e fora que zumbís com armas são simplesmente a última gota (eu não ia dizer, mas existem zumbís com motocicletas até...). se cobrir e atirar funciona, mas seus passos são tão rápidos como os de uma formiga, e eventualmente você acaba se ferrando.

Os extras da Gold Edition não passam de extras. "Lost in nightmares" lembra um pouco o primeiro RE, na mansão de Spencer, um ponto que já foi esclarecido no jogo comum e adiciona nada à história. "Desperate escape" simplesmente mostra como Josh e Jill fujiram daquele inferno (eu simplifico para não mostrar spoilers) e "The Mercenaries" de RE5 é tão revelador quanto o de RE4. Eu não joguei o modo versus por não ter como jogar online por enquanto, mas pelo que ouço, ele não vai profundo e é, também, um mero extra.

Minha nota para as duas versões do jogo é 8. o jogo é ótimo e vai te manter entretido, mas não é épico ou inovador, tem lá seus erros. Eu sentí medo? Olhei para trás algumas vezes, sim, mas poucas, e todas longe dos capítulos finais. Caso queia comprar, compre a Gold Edition, mas só se estiver com uma diferença de no máximo 30 reais, pagar muito mais não vale a pena.[8]

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