sexta-feira, 23 de julho de 2010

Análise: Bioshock 2 (PS3, Pc, 360)

Bioshock foi, para mim, a melhor coisa de 2007. Claramente mostra, de imediato, o porque de tantas premiações e aplausos, pois em todos os aspectos era bem feito, único e diferente. Um jogo de horror, em uma perspectiva de primeiro pessoa e com alguns elementos de RPG. O resultado foi sucesso. Um trailer foi o que bastou para deixar o mundo ligado no seu lançamento, e com sua sequência foi o mesmo.





Poucos pensavam que seria possível uma sequência de Bioshock depois de seu final. Ao ver as little sisters sendo salvas, e seu herói morto, após envelhecido, fica difícil imaginar como Rapture, a cidade escondida no fundo do oceano, poderia ser, ainda, o local da sequência, ou quem seria o protagonista. Especulava-se uma prequela, algo antes de Bioshock, nos tempos de ouro de Rapture, antes das pessoas ficarem loucas com ADAM e resolverem matar umas as outras para conseguirem mais. A especulação não poderia estar mais errada. Durante os eventos do primeiro bioshock (pouco antes, na verdade), vemos o protagonista, um Big Daddy, ser forçado a se matar em na frente de sua little sister, controlado pela mãe dessa little sister, chamada Sofia Lamb. Lamb foi uma das pessoas que contribuíram para o nascimento de Rapture, e que, após este acontecimento, para a sua queda.



A filha e little sister, Eleanor Lamb, é sua Little sister, responsável pelo seu acordar 10 anos após sua morte (e após o primeiro jogo). Você acorda sem muitas pistas, apenas seguindo os rastros de Eleanor, que se comunica com você com uma ligação Little sister- Big Daddy. Logo você começa a se comunicar com a Dr. Tenenbaun, mesma do primeiro jogo, que te informa que alguém anda raptando garotas e transformando em Little Sisters, repondo as que foram salvas no primeiro jogo. Logo temos contato com Sofia, que após a morte de Andrew Ryan (primeiro jogo), antigo "líder" e criador da cidade, passa a comandar a cidade com ideias totalmente inversas as de Ryan, que presava liberdade e individualidade, enquanto ela, Religião, União, puxadas ao extremo.


Algumas little sisters, já crescidas, se tornam Big sisters.


Analisando a história, ela pode se desdobrar maravilhosamente de mil maneiras, e melhor, maneiras diferentes das do primeiro jogo (embora com morais parecidas). Com 4 finais diferentes, que podem avaliar a importância da piedade e o livre arbítrio, assim como o amor, ou a natureza humana, a sobrevivência e o instinto. são finais o suficientes para se querer terminar o jogo bem mais de uma vez, o que compensa o fato de o jogo não ter objetos colecionáveis. As decisões morais são estendidas um pouco (não muito): você pode adotar a little sister, e como seu big daddy, pode protegê-la enquanto ela tira ADAM dos corpos, o que te rende mais ADAM do que simplesmente salvá-la ou "colhe-la" (que, no caso, resulta em sua morte).

O jogo em si, porém, é parecidíssimo com o primeiro Bioshock. A jogabilidade é quase a mesma, com pequenas diferenças, como poder usar armas e plasmids ao mesmo tempo, e todas as vantagens de ser um big daddy. Porém, as engines funcionam de forma idêntica, o que é desapontante. Porém, isso não tira a diversão do jogo, pois se as engines funcionavam no primeiro, neste também funcionam. Só não espere muitas inovações. o Replay é bom e a diversão também. Gráficos aprimorados e audio e trilhas sonoras exelêntes. Se tem algo que o jogo faz, é uma boa atmosfera, com suas músicas dos anos 60 e seus corredores destruídos e claustrofóbicos.


Assustador e atmosférico, porém ainda bonito.


No final de tudo, Bioshock é Bioshock, e leva a mesma nota que eu daria ao primeiro. Boa jogabilidade, grande ideia, história magnífica. Bioshock 3 já foi anunciado e a produtora diz que pode ter relações maiores com a raiz de Rapture e os eventos do primeiro jogo. Resta esperar. [9]

PS: Vejo por aí muitos sites com sessões falando sobre a história de alguns games, e após ver tanto, creio que seja por causa do idioma dos jogos, que poucos entendem, e por isso escreverei eu mesmo a história de alguns jogos, numa sessão especial do blog (afinal, metade dessas análises não tem sentido se vocês não sabem do que se trata o jogo...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário