sexta-feira, 25 de junho de 2010

Se sentir grande... Se sentir pequeno....

Já a duas semanas, eu ganhei God of War III, e joguei com prazer o jogo. è difícil não gostar da franquia GoW, uma vez que já jogou qualquer um deles. Muitos jogos que eu, e todos os gamers, jogamos, são um tanto similares em um ponto: Nós somos super poderosos. Somos pessoas normais que ganhamos poderes de aranha, somos super-soldados numa guerra futurística, somos semi-deuses gregos em busca de vingança. Sempre, não só nos games, mas em tudo o que é entretenimento, o sentimento de grande domina a nossa cabeça. Nos bastidores de God of War II, eu me lembro do dublador de Kratos dizendo "eu acho que o que as pessoas gostam em God of War é do poder de Kratos, é sobre poder usar esse poder, imaginar o que seria tê-lo.



Brutal e sangrento, dispensa apresentações



Essa semana, enquanto navegava pela net, eu encontrei notícias sobre um jogo diferente, e o diferente logo me atrai. Dei uma olhada e logo vi que era diferente de muito do que eu já tinha visto, mais diferente do que Naughty Bear, Heavy Rain ou Rock of the dead. Da produtora ThatGameCompany, a mesma que produziu Flower, jogo do qual me senti envergonhado de nunca ter visto, enquanto lia a matéria, mas que é muito elogiado pelos comentaristas, está sendo criado Journey.

Journey: consegue sentir-se pequeno?



Eu não vou colocar toda a demo mostrada na E3, isso não é um prevew. Porém eu achei impressionante o que o jogo tenta colocar numa caixa, ou melhor, num cd (ou um download da PS Network): O sentimento de pequeno. O game designer Jenova Chen fala sobre uma conversa com os astronautas da NASA que ele mesmo teve. Ele conta como o piloto contava sobre colegas que foram a lua e que voltaram como pessoas diferentes, mais espirituais, religiosos. Chen conta que, para ele, isso é o resultado de ver a Terra Pela lua, que causa um senso de dúvida, de exploração, e como ele mesmo disse, "senso de pequeno".

Chen então quer colocar isso em seu jogo, e em um universo em que todos os games colocam você com armas e super-poderes, como God of War, Journey pode brilhar muito, talvez, na minha opinião, mais que a aventura de Kratos.

As situações mundanas de Heavy Rain enriquecem o drama


E então eu comecei a reparar: poucos são os jogos que não te dão uma porrada de super poderes, mas, na verdade, a maioria dos que não te dá é que são grandes jogos. Em Fallout, por exemplo, você é liberado como uma pessoa inexperiente, exposta a um mundo muito mais perigoso do que você pode imaginar, e você nunca escapa das dificuldades desse mundo. Sempre há alguém maior que você. Sempre. Haevy Rain, também, oferece vários pontos de vista de uma mesma trama, nenhuma super poderosa e todas elas envoltas em problemas muito maiores que os protagonista.
Então porque nós gostamos tanto de jogos como God of War III e deixamos muitos desses outros de lado? Porque, afinal de contas, GoW é bom, ele faz você sentir o poder mais do que nenhum outro jogo. E enquanto o nosso universo for assim, eu penso, é que estes jogos diferentes serão tão especiais. Se todos os jogos focassem no pequeno ao invés do grande, talvez Journey tivesse um semi deus espartano chamado Kratos...

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