sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chester Bennington: “Meus termômetros são os shows ao vivo”

O site Myspace conduziu recentemente uma entrevista com o Frontman do Linkin Park, Chester Bennington.

Leia trechos da entrevista abaixo:


- Como foi a experiência de realizar o concurso “Featuring you” no Myspace?

- Foi muito legal, muito interessante. Para nós, é muito importante cuidar da nossa música e até agora não tínhamos permitido que ninguém colaborasse com a gente. Nunca tínhamos feito isso, foi a primeira vez. Quando chegou a proposta de fazer um concurso no qual os admiradores pudessem criar uma versão da música “The Catalyst” dissemos: “Não, é ridículo!”. Mas pensamos um pouco e começamos a gostar da idéia. A gente se colocou na situação e pensamos: “O que poderia acontecer de pior?”, e a resposta foi “Que não gostássemos de nenhuma versão”. Mas foi absolutamente louco o que saiu. Tivemos uma experiência assombrosa. Entregamos às pessoas fragmentos da música, sem que tivessem escutado a versão inteira e tudo o que recebemos foi muito bom. Escutamos versões muito loucas, algumas muito pegajosas, outras um tanto pop… tudo foi muito bom.



- E a versão ganhadora, do usuário polonês No Brain, os surpreendeu mais ainda…

- Foi assombroso. Ele fez o upload no Myspace de uma versão tão impressionante… foi como se tivesse escutado o disco antes de fazê-la, coisa que não aconteceu. Sentimos que o No Brain estava alinhado com o que tínhamos imaginado para o nosso novo disco, “A Thousand Suns”, mesmo não o conhecendo. Foi muito surpreendente. Depois, lhe demos liberdade para trabalhar… sabíamos que tudo o que fizesse ia soar bem no disco.



- E o que vão fazer com o material que receberam?

- A versão do No Brain está disponível em todos os discos e as que chegaram ao Top 3 fazem parte do Bonus Track, disponível na versão norte-americana do álbum.


- Temos uma sensação que o Linkin Park tem uma relação muito estreita com Internet…

- É que este tipo de coisas é genial. Permitir que alguém entrasse no nosso mundo foi uma grande experiência. De fato, incentivaríamos outras bandas que tentassem. Foi grande, não só para nós, mas também para os admiradores. Aproveitamos muito o processo, foi uma maneira que os admiradores tiveram de se conectarem de outra forma com a gente e que tivessem a oportunidade de fazer parte do nosso processo criativo.



- Mas a relação com a internet no começo foi estranha… é verdade que tiveram que trocar o nome da banda porque o domínio do site que queriam era muito caro?

- Verdade. Primeiro, a gente ia ter o mesmo nome de um parque em Santa Mônica, o Lincoln Park, mas quando fomos comprar o domínio, ficou muito caro. Então mudamos para Linkin Park e só nos custou 15 dólares… e foi para sempre. É mais legal e muito mais barato.



- Vocês afirmaram que no álbum “A Thousand Suns”, vocês tentaram não ser previsíveis. Como uma banda tão famosa consegue evitar ser, justamente, previsível?

- Há um ponto de reflexão, ainda mais quando falamos de uma banda tão bem-sucedida quanto a nossa, que parece que as pessoas que escutam nossos discos, querem sempre escutar a mesma coisa. Quando tanta gente gostou do primeiro disco (“Hybrid Theory” vendeu mais de 30 milhões de cópias no mundo), fica difícil negar o que eles querem ouvir. Mas eu, como artista, não quero pintar o mesmo quadro várias vezes. É uma luta decidir o que fazer, mas também é fato que nunca vamos conseguir agradar à todos. Se tocar sempre o mesmo, alguns não vão gostar; se mudar, muito outros vão ficar desiludidos. Por isso, o mais autêntico - e o que decidimos - é fazer a música que mais vai nos deixar feliz. Quando entramos no estúdio para gravar esse disco, sentamos os cinco e dissemos: “Vamos fazer música que nos agrade” e ficamos felizes gravando este álbum



- Então, “A Thousand Suns”, é para vocês um disco diferente…

- Quando fizemos “Minutes to Midnight”, gostamos do que saiu, mas acho que dessa vez ficou melhor. Acho que este álbum é o mais lindo de todos; é de longe, o disco com músicas de melhor qualidade que fizemos até agora. Não estou dizendo que nos outros discos tenha algo ruim, só que esse álbum -como um todo- é o melhor. Fizemos bem nosso trabalho; o desafio será que nossos admiradores gostem logo de primeira. Sentimos que os fanáticos mais ferventes aprovam o fato de não fazemos sempre o mesmo e tentarmos fazer músicas novas cada vez que lançamos um álbum. O desafio são esses fãs que escutam nossos discos e, por não ser o que estavam esperando, gostem tanto quanto os outros.


Para ler a entrevista inteira clique no link abaixo:

http://blogs.myspace.com/index.cfm?fuseaction=blog.view&friendId=261264832&blogId=539681145

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